A Ucrânia está sendo defendida não somente por armas de fogo dentro de seu território, mas também pelas mesmas forças do atual poder econômico e militar global (principalmente G7 e outros países europeus) que agem fundamentadas nos princípios da não-intervenção e da autodeterminação dos povos, direitos amplamente aceitos internacionalmente e que constantemente reclamam para si mesmas, como o Chanceler alemão o fêz recentemente no contexto daquilo que o governo alemão considera como planos de expansão dos EUA.
Em um comunicado ele falou palavras que a Europa mesma gosta de falar, mas desde que existe a conveção das naçoes, derespeita. A própria Alemanha de tudo praticou para tirar vantagens, principalmente econômicas, de seus atos (ex. USA-teutônica Operação Rubikon, a operação de espionagem de maior sucesso de todos os tempos da Alemanha).
Vejamos o que o Chanceler alemão falou dia 08.01.2025:
„A inviolabilidade das fronteiras é um princípio fundamental do direito internacional“ … „Nas minhas discussões com nossos parceiros europeus, ficou clara uma certa falta de compreensão em relação às declarações atuais dos EUA“ … „O princípio da inviolabilidade das fronteiras aplica-se a todos os países … e cada estado tem que aderir a isso, independentemente de ser um país pequeno ou um estado muito poderoso“ … „É um princípio fundamental do direito internacional e um componente essencial do que chamamos de valores ocidentais. Isto não pode e não deve sofrer alteração.“ Olav Scholz, Chanceler Federal da Alemanha, dia 08.01.2025 por ocasão das insinuações do Presidente-eleito dos EUA, Donald Trump.
Integridade territorial ou integridade territorial é um termo do direito internacional e se refere à inviolabilidade do território e das fronteiras de Estados soberanos. O Brasil é um país soberano desde 2822. O âmbito de aplicação do princípio da integridade territorial limita-se às relações entre Estados. Por exemplo, no relacionamento entre Alemanha e Brasil.
Todos os Membros deverão abster-se, nas suas relações internacionais, da ameaça ou do uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, ou de qualquer outra forma inconsistente com os Propósitos das Nações Unidas. O artigo 2.º, n.º 4, da Carta das Nações Unidas.
A Rússia lamentavelmente invadiu a Ucrânia e feriu princípios da não-intervenção e da autodeterminação dos povos. A Ucrânia é um país soberando. Vale relembrar que ela realizou no dia 1º de Dezembro de 1991 um referendo popular para determinar sobre sua independência ou não da Rússia. Uma clara maioria de 92,3% dos votantes optou pela independência do país e assim ficou determinado que a Ucrânia é um país soberano. A Ucrânia não quer fazer parte da Rússia e quer seu território em toda a sua extensão respeitado internacionalemente, inclusive pela Rússia.
A soberania de qualquer país é então „sagrada“. O poder global, ou seja, poderosos países do G7 e aliados, bem como suas indústrias/bancos/universidades/mídia/etc. distribuídas pelo mundo controlam as ações econômicas de geração de renda e formação de opinião internacionalmente, são juntos os principais atores na formação, manutenção e na defesa dessa ordem mundial, dentro da qual há décadas tudo tem acontecido.
Estamos vivenciando uma Ucrânia lutando com forte sentimento nacional para defender sua soberania, e países mundo afora, encabeçados por países poderosos do G7 estão apoiando a Ucrânia. Mais cêdo ou mais tarde a Rússia terá que se justificar pela invasão da Ucrânia e Putin poderá ir a julgamento com base no direito internacional. Até aí tudo parece em ordem.
Imaginação que pode vir a ser realidade
Se a inteligência humana nos permite sermos criativos-inovadores usando nossa fértil imaginação, e é por isso que inovamos em todas as áreas das realizações humanas, inclusive na política, vamos nos atrever a fazer um paralelo com a invasão da Ucrânia e um tema que há décadas ressurge na política mundial: a internacionalização da Amazônia, ou seja, uma intromissão na soberania brasileira. Vamos simular um contexto (ainda) não existente, mas latente! Digamos, em futuro não tão distante países poderosos do G7 (grupo dos 7 países economicamente mais desenvolvidos do planeta) e suas indústrias, bancos, organizações de caridade, religiosas, cientistas e mídia são a favor da internacionalização da Amazônia e que a ONU deu um ultimato ao Brasil para entrar em acôrdo com ela sobre a internacionalização da floresta que consideram pertencer a humanidade. A mídia mundial estampa o assunto e faz uma fortíssima campanha em favor daquilo que os fortes atores atuantes no sistema internacional vigente desejam. Imaginemos então uma campanha de apoio à causa da internacionalização da Amazônia e contra a atual soberania do Brasil sob seu territorio como rle é hoje, o apoio à causa da internacionalização da Amazônia possui então dimensão semelhante ao apoio que a Ucrânia recebe no momento.
„Discursos pró-internacionalização e outras formas de pressão, que podem ser classificadas como intervenções de fraca coerção, quando são apresentadas em Organizações Intergovernamentais (OIG), como a Organização das Nações Unidas (ONU), são rebatidos diplomaticamente pelo governo brasileiro, com base nos princípios da não-intervenção e da autodeterminação dos povos, amplamente aceitos no campo do direito internacional.“
„Entretanto, é sabido que, no curso da história, as bases de legitimação do direito internacional são construídas por regras coerentes com a distribuição do poder na ordem mundial, em determinado momento de sua existência. Assim, elas acabam por absorver parte dos interesses dos atores que atuam no sistema internacional vigente.“
Fonte: Revista da Escola de Guerra Naval, RJ, nr 16 (2010), p. 125-159
Um Professor de Relações Internacionais de Harvard, criou um cenário hipotético em que os EUA ameaçam invadir o Brasil para impedir a destruição da Floresta Amazônica: ‚Quem vai invadir o Brasil para salvar a Amazônia?‘ „A data hipotética é 5 de agosto de 2025. O Brasil continua a ter um governo que defende ampliar as atividades econômicas na Amazônia e que questiona a utilidade da proteção ambiental. E, por isso, está prestes a ser atacado pelos Estados Unidos, que já não são mais governados por Donald Trump.“
Fonte: Matéria da BBC Brasil do dia 06.08.2019
Soberania nacional
Quando se fala sobre internacionalização da Amazônia, toca-se com força no tema soberania nacional brasileira. Um estado soberano como o é o Brasil, possui independência política, integridade territorial e tem o legítimo direito de governar seu país e exercer poder e controle sobre ele, sem qualquer intromissão de outro país. Somos uma democracia moderna e o poder político do Brasil emana do seu povo.
A resolução da Assembleia Geral da ONU sobre a soberania permanente no contexto dos recursos naturais estipula que absolutamente todos recursos e as matérias-primas pertencem exclusivamente ao estado em que estão localizadas. Esta resolução proíbe a exploração e expropriação de recursos por estados estrangeiros ou organizações internacionais.
De acordo com o direito internacional, o Brasil é, portanto, totalmente dono de seu território e de suas matérias-primas. Ele sozinho decide sobre o manejo de suas florestas, assim como a Alemanha, a França e outros países o fazem. Por isso o Brasil em toda a sua história nunca teve o costume nem de se meter em assuntos internos da Alemanha, França ou de qualquer outro país, e nem jamais tentou anexar ou desestabilizar algum país.
Soberania nacional não pode ser um artifício de significado flexível
Alguns países do G7 tem o costume de apontar para outros países dando lições de moral, de direitos humanos, de proteção ambiental e de tudo o mais que lhes é conveniente. Mas até mesmo Chefe de Estado de país deste grupo se faz desconhecedor do tema soberania nacional para incitar ações ilegais em país alheio. O último Chefe de Estado de um país do G7 que praticou publicamente tal incitação foi sua Exa. o atual Presidente da França: pouco antes do encontro dos países do G7 ele não conseguiu se conter e falou o que pensa aobre a soberania brasileira: „Notre maison brûle„, ou seja, nossa casa está queimando. Ele se referiu a uma região brasileira que compõe quase a metade do território do Brasil.
Vamos voltar para a nossa simulação: digamos que o Brasil não tenha entrado em um acôrdo com a ONU e tropas de países do G7 o invadem para fazer valer um novo Direito Internacional que já foi aceito por todas as nações do G7 e boa parte das nações aliadas, as que compõe o atual G20. O Brasil não aceita ser signatário porque a definição de soberania nacional com base nesse novo Direito implicará na internacionalização da Amazônia.
O Brasil como país soberano não aceita ser limitado por nenhum outro na sua ordem interna; seu poder é independente na sociedade internacional, ele não precisa acatar regras que não sejam voluntariamente aceitas por ele e está em pé de igualdade com os poderes supremos de outros povos.
Quem vai estar ao lado do Brasil nessa hora? A mídia, as indústrias/bancos/universidades/igrejas e suas organizações satélites, etc.? Numa hora dessas o Brasil será tratado como estão tratando a Rússia, forçarão a população brasileira a ceder e entregar a Amazônia. O poder global (de facto resumido a bem poucas nações), este que determinou que cidadãos russos não terão mais acesso ao próprio dinheiro (propriedade particular), não poderão usar o sistema de transferência bancária, nem mesmo terão o direito de usar seus bens materiais (barcos. etc.). Imaginem esse poder global querendo se apossar de boa parte do Brasil e nos forçando a ceder!
„Onde há fumaça há fogo“, diz uma sabedoria popular conhecida amplamento no mundo.
Cada vêz mais o tema Internacionalização da Amazônia é trazido ao público pela mídia (Quarto Poder) e por universidades estrangeiras de marca forte (ex. Havard) que costumam ser citadas para obter-se forte credibilidade ao assunto exposto. Ainda ontem ouvi numa matéria de rádio tratava sobre os problemas com potencial de conflitos no mundo e que precisam ser resolvidos de uma vêz por todas, pois ignorar tais conflitos somente pioraria a vida na terra, conforme falaram na matéria, e nesse contexto um dos problemas que precisaria ser resolvido seria a Amazônia cuja internacionalização seria talvêz a melhor solução para o problema do clima e da preservação ambiental.
Mais e mais fala-se, debate-se, simula-se essa questão da internacionalização da Amazônia aqui na Alemanha e em outros países europeus, ou seja, trabalha-se a percepção dos eleitores nesses países. A massa popular é composta por pessoas que somente se informam atravéss de cabeçalho de matérias jornalistas ou no máximo leem tais matérias. Como a alemão chefe da propaganda nazista, Paul Joseph Goebbels, pregava, um mentira se torna verdade quando se apresenta a mesma publicamente com muita frequência e sendo defendida como verdade por gente com títulos e funções.
A frequência com que o tema Internacionalização da Amazônia vem a tona, já se paresse até mesmo com sessões psicoterapeuticas: é como se fosse uma espécia de preparação psicológica para um primeiro passo rumo a agressão da soberania do Brasil, pois internacionalização da Amazônia significa forçar o Brasil a desistir de parte de seu território nacional.
Até mesmo em jornal de universidade federal brasileira trata-se do tema nos moldes das falas jornalísticas de países europeus inclinados a retirar a Amazônia do domínio brasileiro. O humanista, um jornal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, inicia sua matéria em idioma alemão da seguinte maneira: „Quem é o dono da Amazônia? Incêndios na floresta tropical levam a novas controvérsias.“
Quando se trata de desestruturar, desagregar, anexar a outros países ou internacionalizar partes do território brasileiro a gosto de nações estrangeiras, não há dúvida de que claramente o autor desta matéria se posiciona desde a primeira letra em favor do Brasil.
Jamais uma matéria nossa vai questionar a quem pertence a Amazônia, nem mesmo retoricamente. O absoluto dono da Amazônia é o Brasil! Não importa o quão se agitem para debater os incêndios florestais na floresta tropical e as controvérsias que criam.
Preservação ambiental na Amazônia e internacionalização de parte do território brasileiro são temas absolutramente distintos, mas todos eles são assuntos internos do Brasil, por mais que argumente o co tal de Princípio Absoluto
Princípio Absoluto
Cada vêz mais se fala do Princípio Absoluto da soberania territorial no contexto da Integridade Territorial, querem ver aplicado no direito ambiental internacional. Tal Princípio Absoluto implica que influências ambientais induzidas externamente também constituem uma violação da integridade territorial. Querem fazer crêr que as queimadas e desmatamentos da Floresta Amazônica influência a qualidade de vida nos países europeus, etc.. Protegê-los, portanto, requer um compromisso na soberania territorial, uma vez que os Estados não são mais completamente livres para decidir o que fazer em seu território, levando em consideração os efeitos que isso tem sobre os outros. A poluição significativa e atribuível de rios que atravessam vários países, por exemplo, não pode mais ser justificada. Sendo assim, o Princípio Absoluto implica também que influências causadas pelo enriquecimento através do imperialismo econômico a partir de 1945 influenciou o aumento da corrupção e da pobreza em países de interesse dos países mais desenvolvidos com liderança da Alemanha e dos EUA e por isso também constituem uma violação da integridade territorial dos países-vítimas como o Brasil. A Alemanha mantinha um parágrafo em seu respectivo código de leis que facilitava o suborno de políticos, representantes de associações comercias, juízes, etc. no exterior. Não é de se estranhar se o Brasil foi vítima desses subornos de empresas alemães, pois justamente nas décadas mais difídeis da história do Brasil, d+ecadas de 70 e 80 foi que o Brasil se tornou o maior parque industrial alemçao do mundo. Nenhum outro país, a Alemanha inclusive, possui um parque industrial com tantas empresas como o Brasil. Foi justamente destas décadas que também a Alemanha em sua operação conjunta com os EUA (Rubikon) espionaram por várias décadas mais de 100 Estados mundo afora, dentre eles o Brasil.
„Alemanha, campeã de exportação: o arquivo da corrupção. Arquivos inéditos fornecem novos insights sobre o suborno estrangeiro na economia alemã – e quão raramente o judiciário condena os perpetradores.“ Título de uma matéria da Correrectiv do dia 10.03.2022 >>>
„Até 1999, empresas alemãs tinham permissão para subornar para obter contratos no exterior. Isso mudou, mas nem todas as empresas alemãs aderem a isso. Corporações de outros países também ficarão felizes em ajudar. Eles têm pouco a temer de processos, e o impacto dos acordos internacionais para combater a corrupção é muito limitado.“ Título de uma matéria no Jornal Online Welt-Sichten do dia 07.09.2010 >>>
Mentalidade colonial imperou durante todo o século 20 e precisa ser combatida
Não se posicionar claramente contra a internacionalização da Amazônia significa não se preocupar em diferenciar a problemática da preservação ambiental na Amazônia da internacionalização da mesma. O problema da preservação ambiental está relacionado ao tema desenvolvimento econômico, e este problema é antigo. Mas ele não é pertinente somente ao Brasil, mas também à Alemanha, França e à vários outros países do planeta. E quando se sabe disso, é preciso observar que o Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais ao longo de seu desenvolvimento econômico. Porém, países como Alemanha e França são bem menores, bem mais ricos do que o Brasil, mas mesmo assim, não conseguem resolver seus problemas ambientais e somente crescem economicamento quando conseguem conquistar mercados externos para comprar matérias-primas a preço de banana para exportar seus produtos industrializados a preço de ouro. O Brasil tem sido desde a era colonial uma espécie de galinha dos ovos de ouros para alguns países europeus do G7 e eles tem pesadelos quando o Brasil recusa as corriqueiras condições de parcerias. O G7 se reune para debater assuntos internos do Brasil como se quizessem interferir.
Os gigantes, antes adormecidos, acordaram
O G7 como grupo geopolítico dominante no mundo já não exerce mais tanto poder de influência nas atuais políticas de nacões potencialmente ricas e interessantes para eles como é o caso do Brasil. Desde 2019, através do novo governo federal, o Brasil possuí uma política de desenvolvimento nacional com base em seus próprios recursos, ou seja, de forma bem mais independente dos recursos oriundos das suas clássicas parcerias internacionais. É meta do Brasil se tornar o mais independente possível de relações que não são favoráveis ao seu desenvolvimento econômico. Os gigantes, antes adormecidos, acordaram para usar seus próprios potenciais em prol de seus respectivos desenvolvimentos econômicos.
Guerra geopolítica a ascenção de grandes nações com potenciais gigantescos irrita modêlo de poder vigente
Na permanente guerra geopolítica a ascenção de grandes nações com potenciais gigantescos como Brasil, China, Rússia, Índia, países da África causa um reagrupamento de forças que irrita muitos países do atual bloco de poder de influência mundial, e a história das nações nos ensina que uma distribuição de poder desta natureza não acontece de graça.
Vão usar a mídia e seus especialistas para formar opinião a favor da internacionalização da Amazônia, vão forçar o Brasil e seus líderes, aqueles que se posicionam de maneira nacional-patriótica, a se exporem negativamente, pois o tema é emocional e afeta também a política interna e o comércio internacional do Brasil (é melhor para eles um Brasil enfraquecido do que fortalecido).
Se tomarmos o exemplo da diplomacia européia na questão russo-ucraniana poderemos ousar a acreditar que o Brasil vai aprender com tal exemplo e se preparar para futuro semelhante, mas no momento somente temos um presidente que nos garante isso: Bolsonaro.
O Tratado Comercial com o Mercosur foi posto em banho-maria
As negociações para um tratado comercial entre a UE e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) começaram em 1999, mas somente em 28 de Junho de 2019 foi alcançado um acordo sobre o texto do tratado. Mesmo assim o acôrdo esteve suspenso, aguardando ratificação, pois de última hora surgiram exigências de alguns poucos países da UE no sentido de incluir no tratado mecanismos de sanção social e ambiental aos países do Mercosul (resultado da reunião do G7 sob liderança da França de 2019). Depois que Lula assumiu o governo em 2023 ele se uniu com a Alemanha para pressionar a ratificação desse acôrdo. O acordo entre a UE e o Mercosul eliminaria cerca de quatro bilhões de euros em tarifas todos os anos. O Brasil nem os outros países do mercosul não mais se deixam acorrentar, como no passado. Não ouve previsão de aplicação antecipada deste acôrdo com a União Européia, como foi o caso do acordo entre a UE e o Canadá (CETA). Porém, em Deyembro de 2024, em reuniões paralelas às da Cúpula do MERCOSUL, foi alcançado um acordo político entre a União Européia e os Estados do Mercosul. Com este acordo, a UE e os países do MERCOSUL conseguirão expandindo sua parceria comercial.
Um comentário do artido no Jornal Der Standard do dia 23.08.2019 com o título Presidente francês Macron bloqueia acordo comercial do Mercosul fala como se fosse um bom conhecedor da história e da atual situação:
„Nossa casa está queimando. Literalmente“ diz muito
Isso soa como um colonialista e mostra sua maneira de pensar. Em vez de atacar o Brasil (você nunca ataca apenas um chefe de governo, você sempre ataca a população também), talvez você devesse ajudar o Brasil. A UE deveria pensar (será que eles fazem algo assim?) em como alcançar um comportamento que seja aceitável para a UE.Muitas pessoas esquecem que o Brasil é tão grande quanto os EUA e tem mais de 200 milhões de habitantes. E eu não teria tanta certeza se o acordo comercial é melhor para o Brasil do que para a UE. Normalmente, esses contratos só prejudicam o lado economicamente mais fraco.“
Nenhum país de potenciais econômicos como o Brasil deveria aceitar que o submetam a sanções ou mesmo leve isso em consideração. Logo ele que desde 2945, nas décadas de transformação de alguns poucos países europeus em super-potências econômicas, os serviu de parceiro-lacaio.
Como já vimos mais acima, o Brasil está em pé de igualdade com os poderes supremos de outros povos e ele não aceita ser limitado por nenhum outro na ordem interna. Ou o tratam de igual para igual ou o novo Brasil buscará novos parceiros para uma nova caminhada juntos.
Guerra sem armas de fogo
Precisa-se de subsídios para guerrear sem usar armas de fogo. Para justificar as ações no âmbito da velha cobiça pela região amazônica e no impedimento do gigante brasileiro se desenvolver abocanhando boa parcela do PIB mundial, usam o problema geral da preservação ambiental. Nenhum desses países europeus do G7 que se sentem incomodados com o novo Brasil possui um percentual de florestas relativo ao seu território maior do que o Brasil. Nenhum desses países possuí mais alguma floresta nativa, a maior parte das florestas existente em seus territórios são florestas usadas para gerar receita, ou seja, são florestas de uso econômico. No contexto brasileiro do problema da preservação ambiental estão buscando desestabilizar a soberania nacional.
As florestas brasileiras são gigantes e elas valem muito para o Brasil
Segundo o IBGE o Brasil tem um território com 8,5 milhões de km², dos quais 66% são de vegetação nativa, ou seja, a mesma desde o seu descobrimento em 1500, somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta. Além de cobrir 49% do território brasileiro, a floresta amazônica também concentra 81% da disponibilidade de águas superficiais do País. O potencial econômico retido nessa região é gigantesco.
Se é para o Brasil não usá-lo da maneira como alguns países europeus desejam, talvêz devessemos levantar a temática dos royalties pelo não uso. Qual o cursto da oportunidade que surge para o Brasil do não desenvolvimento desses potenciais de parte de seu território nacional e dos serviços de manutenção do mesmo pelo Brasil?
Os brasileiros precisam estar de alerta
Por mais que nossos leitores considerem improvável, essa questão da internacionalização da Amazônia ainda vai se acirrar muito e precisa estar na percepção ativa da sociedade brasileira, sobretudo dos empresários e dos políticos que verdadeiramente cuidam dos interesses do Brasil na competição internacional. Não somente o Direito Internacional pode vir a ser alterado em favor da internacionalização da Amazônia, mas grupos de brasileiros podem obter poderes políticos para negociar a internacionalização da floresta amazônica em troco de benefìcios pessoais, se a sociedade brasileira e todos os seus atores com suas respectivas capacidades não fizerem bem feito seu dever de casa.
Gigantes adormecidos acordaram, mas vão ser alvos de fortes resistências ao seu desenvolvimento econômico
Ainda veremos num breve futuro, se a infeliz guerra no oriente europeu será somente uma lição de violência russa, ou se també será uma lição sobre como poderes do sistema de forças mundiais sacrificaram a Ucrânia para enfraquecerem a continental e poderosa Rússia. Depois da guerra, a Ucrânia poderá ressurgir como um país sob contrôle da UE, com todas as vantagens e desvantagens. A Rússia talvêz resista a tanto, independetemente de Putin estar ou não ainda no poder, e tente se reerguer mantendo sua própria cultura no âmbito de sua soberania como já havia feito a duras penas depois de sugir como nação capitalista democrática em 1991 e logo depois ser abandonada pelos seus parceiros capitalistas do ocidente. Endividada, no caos do parto como nação capitalista democrática e sem nenhuma experiência no assunto, seguiu adiante com seu orgulho natural, errando e acertando, formando suas alianças, algumas vêzes até mesmo perdendo a cabeça, como agora, e agindo como animal acuado e coagido para errar e se auto-sacrificar para não ter ser DNA alterado por forças indesejáveis. Mas, se empenhamos nossa imaginação, esta guerra poderá fazer com que estes dois povos de DNA cultural semelhantes voltem a se encontrar unindo seus potenciais e formando a maior superpotência da Europa e uma das mais fortes do mundo. Cultura quando bem usada é mais forte do que qualquer canhão de guerra, a Alemanha bem sabe disso.
A Rússia não se entrega, ela sabe que possui potencias de uma nação super potente e não deixará que a impeçam
A Rússia acredita que pelos seus potenciais naturais, seu tamanho territorial e sua posição estratégica geográfica esteja predestinada a ser uma nação influente no planeta. O Brasil não somente possui fatores semelhantes aos da Rússia, mas também possuí crença semelhante. Mas a história nos ensina que somente esses fatores de nada valem se países com objetivos semelhantes não se aliarem para fazer valer seus naturais poderes.
E se o Brasil fosse acuado e forçado a guerrear pelos seus interesses?
Imaginemos que o Brasil pode ser acuado e forçado a defender seu território nacional, inclusive suas milhas marítimas, e que, acuado e coagido, seja unduzido a iniciar um conflito armado como a Rússia o fêz. Será que ele o faria? Conflitos geopolíticos podem também surgir no Brasil e ele precisa estar preparado.
5 de agosto de 2025: Em um discurso televisionado à nação, o presidente dos EUA, Gavin Newsom, anunciou que havia dado ao Brasil um ultimato de uma semana para cessar as atividades destrutivas de desmatamento na floresta amazônica. Se o Brasil não cumprisse, o presidente alertou, ele ordenaria um bloqueio naval dos portos brasileiros e ataques aéreos contra a infraestrutura brasileira crítica. A decisão do presidente veio na sequência de um novo relatório das Nações Unidas catalogando os efeitos globais catastróficos da destruição contínua da floresta tropical, que alertou sobre um „ponto de inflexão“ crítico que, se alcançado, desencadearia uma rápida aceleração do aquecimento global. Embora a China tenha declarado que vetaria qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizando o uso da força contra o Brasil, o presidente disse que uma grande „coalizão de estados preocupados“ estava preparada para apoiar a ação dos EUA. Ao mesmo tempo, Newsom disse que os Estados Unidos e outros países estavam dispostos a negociar um pacote de compensação para mitigar os custos para o Brasil pela proteção da floresta tropical, mas apenas se primeiro cessasse seus esforços atuais para acelerar o desenvolvimento.
O cenário acima é obviamente absurdo — pelo menos eu acho que é — mas até onde você iria para evitar danos ambientais irreversíveis? Em particular, os estados têm o direito — ou mesmo a obrigação — de intervir em um país estrangeiro para evitar que ele cause danos irreversíveis e possivelmente catastróficos ao meio ambiente? Fonte: Stephen M. Walt, a columnist at Foreign Policy and the Robert and Renée Belfer professor of international relations at Harvard University, em Revista Foreign Policy >>>
Com certeza a Amazônia já está no foco e o Brasil precisa acordar para o risco que corre.
Isso vai acontecer, já acontece na cabeça das pessoas aqui na Alemanha e nos outros países poderosos da Europa.